A UNIROVUMA ACOLHE O LANÇAMENTO DO LIVRO “O DESAFIO MOÇAMBICANO DA LAICIDADE”

A Universidade Rovuma e o Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE) lançaram, na última Segunda-feira, em Nampula, o livro “O Desafio Moçambicano da Laicidade”, uma obra organizada pelo Professor Catedrático Severino Ngoenha e que contou com a participação dos  professores Felizardo Pedro Nicula, Arcénio Cuco e Agostinho Bom Filho.

O lançamento da obra realizou-se no Centro Cultural da UniRovuma (CECUR) e contou com a presença de inúmeras individualidades, entre elas o Vice-reitor da instituição, Ibrahimo Mussagy.

O organizador da obra, Severino Ngoenha, solicitado a tecer alguns comentários em torno da mesma, afirmou ter participado, pessoalmente, em muitos encontros com várias pessoas de diferentes culturas em todas as províncias da região, com intuito de criar pontes que levasse a que as pessoas pudessem juntos coabitar, não obstante as diferenças das suas crenças.

“O instrumento disso é a nossa Constituição da República que define Moçambique um país laico; e um país laico significa que cada um tem direito às suas praticas religiosas, mas tem o dever de respeitar as convicções dos outros. O estado nasce como garante disso”, explicou Ngoenha.

Ele acrescentou que a equipa que produziu o livro apoiou-se em três instrumentos, designadamente, o facto de estar em curso a legalização dum observatório das religiões, o processo de aprovação dos cursos de licenciatura e mestrado sobre ciências religiosas o último a própria redacção do livro.

Questionado sobre os recentes ataques realizados pelos insurgentes à Reserva Especial do Niassa, uma das principais áreas protegidas de Moçambique, Ngoenha respondeu que o posicionamento dele a respeito já consta do livro.

“Há necessidades de pensarmos em um conhecimento maior daquilo que nós somos, das nossas especificidades, mas, sobretudo, das nossas diferenças. Em segundo lugar, há necessidade de pautarmos pela tolerância, e tudo isto pode ser alimentado por um conhecimento e aplicação mais rigorosa daquilo que é a Constituição de Moçambique”, acrescentou a fonte. 

Para Severino Ngoenha, a laicidade de que falamos significa a liberdade de prática de culto, mas, ao mesmo tempo, uma tolerância intrínseca daqueles que podem não acreditar as mesmas coisas que nós”.

Por seu torno, o Vice-reitor para área Académica, Ibraimo Mussagy, falando como um dos convidados ao encontro, sublinhou que a Universidade tem o desafio de promover a pesquisa e disseminá-la, sendo a elaboração deste livro o resultado desse árduo trabalho. 

Segundo o Vice-reitor, a questão de tolerância não deve ser vista numa perspetiva da tolerância religiosa, mas também da tolerância política, do respeito mútuo e da valorização destas diferenças no seio do pluralismo em Moçambique.

“Em resposta a um dos eixos que o livro menciona, nós já demos o primeiro passo, os nossos cursos de licenciatura e mestrado em ciências da religião estão em passos largos e, neste momento, estamos à espera da sua acreditação pelas entidades competentes. Se estiverem criadas as condições, estes cursos entrarão em vigor no próximo ano, tornando a nossa instituição a primeira no país a incluir nos seus curriculas”, continuou o Vice-reitor.

DESAFIOS FINANCEIROS ESBARRAM ESFORÇOS NA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS

O Vice-reitor da Universidade Rovuma, Ibraimo Hassane Mussagy, reconheceu que os desafios financeiros que as instituições moçambicanas de ensino superior enfrentam esbarram esforços tendentes à formação de engenheiros de várias áreas.

Ibraimo Hassane Mussagy falava no passado dia 3 de Maio, no Campus Universitário de Napipine, na abertura de um ciclo de palestras e outras actividades alusivas ao Dia de Engenheiro de Moçambique, celebrado nesta data no país.

O Vice-reitor ilustrou que, do total de estudantes inscritos no ensino superior em Moçambique, não mais de 30% frequenta cursos ligados às áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, o que evidencia o quão é difícil ter números consideráveis de moçambicanos nestes campos.

Ele lembrou aos discentes que o papel de uma Universidade é solucionar os problemas das comunidades. E “é nesse sentido que os nossos estudantes devem começar, desde já, a procurar soluções para os problemas locais”.

“O nosso estudante deve ter responsabilidade”, continuou Ibraimo Hassane Mussagy, “e essa responsabilidade deve ser acompanhada pela racionalidade dos recursos disponíveis”.

Um dia antes da data comemorativa, realizaram-se feiras de ciências tecnológicas, amostra de protótipos, competições, sessão de perguntas e interação com os start-ups, para, no dia seguinte, ocorrerem palestras com os seguintes painéis temáticos: “Engenharia e Sustentabilidade”, “Mulher na Engenharia” e “Tecnologias Emergentes”, apresentados, respectivamente, por Sidónio Turra, Saidelamine Mahadal e Uneiza Ali Ossufo.

SEMANA DA FRANCOFONIA “AGITA” A UNIVERSIDADE ROVUMA

A Faculdade de Letras (FL) da Universidade Rovuma (UniRovuma) assinala, de hoje até Quarta-feira (30), a semana da Francofonia, depois de, na passada Quinta-feira, ter comemorado o dia da Língua Inglesa, em momentos de convívio protagonizados pelos estudantes, docentes, funcionários e convidados.

Falando na abertura das comemorações da Semana da Francofonia, o director da Faculdade de Letras, Geraldo Macalane, considrou que falar uma língua é conhecer a cultura dos falantes da mesma e, para ele, “isso trás consigo uma grande responsabilidade”.

Macalane acrescentou que “vocês não estão aqui somente para aprender a língua francesa, mas aprender a usá-la para desenharem o vosso projecto de vida; devem fazer todos os possíveis para que saiam daqui (da UniRovuma) com conhecimentos que vos ajudem no futuro”.

Os responsáveis da Faculdade de Letras consideram que as celebrações da Francofonia, para além de constituírem um momento de festa, tornam a organização uma família, cujos laços são a partilha da cultura e da língua francesas.

Moçambique faz parte da Francofonia há mais de uma década e o curso de Francês é ministrado, na então Universidade Pedagógica de Moçambique – Delegação de Nampula, desde 2002.

Vale destacar que na edição de 2025, ao nível nacional, a Semana da Francofonia é celebrada de 13 à 26 de Março, mas a UniRovuma comemora de 28 à 30 de Abril. Fontes ligadas à efeméride justificam que tal deveu-se a “alguns constrangimentos” por parte da Embaixada da França em Moçambique e em Eswathini. Contudo, não foram avançados tais constrangimentos.

Por outro lado, considera-se que a importância da formações de professores de francês insere-se na necessidade de abertura de Moçambique ao mundo, pois isso permite ao país realizar intercâmbio cultural e económico com as nações vizinhas do Oceano Índico e com a própria França, para além de outros povos falantes da língua francesa.

O termo “francofonia” surgiu pela primeira vez em 1880, através de um geógrafo chamado Onésimo Reclus, que se interessava pela expansão colonial francesa. “Francofonia” era, segundo Reclus, um conjunto de pessoas e países falantes da língua francesa.

FACULDADE DE LETRAS COMEMORA O DIA DA LÍNGUA INGLESA – EDIÇÃO 2025

A Faculdade de Letras da Universidade Rovuma (UniRovuma), através do curso de Inglês, celebrou  "Dia da Língua Inglesa", no passado dia 23 de Abril, sob o lema “English as a Universal Language, Uniting Cultures, Linking the World”. O evento, que teve lugar nas instalações da universidade, reuniu docentes, estudantes e delegações de escolas convidadas, num ambiente de intercâmbio cultural e académico.

A cerimónia foi presidida pelo Diretor da Faculdade de Letras, Prof. Doutor Geraldo Luís Macalane, que realçou a importância do Inglês como idioma global e ponte entre culturas, ao mesmo tempo que reafirmou o compromisso da instituição com a promoção e valorização das línguas nacionais. Segundo o dirigente, a data constitui uma oportunidade singular para celebrar o legado literário de William Shakespeare e reforçar o papel da língua inglesa como ferramenta de diálogo intercultural.

A programação do evento contou com uma palestra sobre os dilemas de tradução de contos tradicionais em Emakhuwa para o inglês, seguida de uma rica mostra cultural, com apresentações de dança, canto, teatro, contos, desfile de moda e encenação de peças teatrais. Um dos marcos do dia foi a oficialização do Clube de Inglês da Faculdade, que passa a ser um espaço permanente de aprendizagem e dinamização da língua dentro e fora da sala de aula.

A celebração do Dia da Língua Inglesa na UniRovuma destacou-se como uma iniciativa fundamental para ampliar os horizontes dos estudantes, promovendo o uso criativo e prático do Inglês como instrumento de comunicação global. Ao mesmo tempo, reforçou o papel da universidade como promotora do multiculturalismo, do respeito à diversidade linguística e do fortalecimento de identidades por meio da educação.

A UNIROVUMA E FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO REALIZAM PESQUISAS CONJUNTAS

A Universidade Rovuma e a Fundação João Pinheiro, do Brasil, poderão realizar pesquisas conjuntas em diversas áreas do saber, como forma de consolidar a cooperação técnica bilateral projectada para o quinquênio 2022-2027.

O facto foi dado a conhecer durante a visita que uma delegação da UniRovuma efectuou, recentemente, àquela Fundação, a convite desta, para estreitar a cooperação.

A comitiva era encabeçada pelo Vice-reitor para a área Académica, Ibraimo Mussagy, e faziam parte dela Denisse Omar, Ana Luísa Chiluvane e Eusébio Gwembe, respectivamente directores das Faculdades de Ciências Sociais e Filosofia, Educação e Psicologia, e do Centro de Estudos Linguísticos e Culturais.

Durante a sua permanência no Brasil, o Vice-reitor leccionou uma aula aberta na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o tema A Economia de Moçambique 50 Anos Depois: Transições, Desafios e Perspectivas, e a delegação participou em diversas actividades, proferindo palestras a estudantes de graduação e pós graduação sobre a história, cultura e educação em Moçambique.

Segundo informações a que tivemos acesso, os dirigentes da UniRovuma, que também são docentes, ministraram minicursos  sobre a Política da Educação Básica em Moçambique: Organização, Estrutura e Desafios, para além de participarem num workshop sobre a Inclusão e Diversidade na Educação Básica no Brasil.

O encontro com gestores da Escola de Governo Professor Paulo Neves Carvalho é uma das actividades a destacar, tendo em conta o papel desta instituição na promoção da modernização e profissionalização da Administração Pública, formando e aperfeiçoando quadros técnicos, difundindo novas práticas de gestão e desenvolvendo estudos e pesquisas nesta área.

Por outro lado, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais capacitou os professores moçambicanos em matéria de atracção e captação de recursos financeiros e de investimentos, uma formação orientada por um especialista da Invest Minas, uma empresa brasileira.

A comitiva da UniRovuma esteve, igualmente, na Fundação Instituto de Estudos Económicos, Administrativos e Contábeis de Minas Gerais (IPEAD), a qual presta apoio multiforme à Universidade local.

ENDEREÇO

Reitoria
Avenida Josina Machel nº 256

Tel.: (+258) 840731777
Caixa Postal 544
E-mail: secretariageral@unirovuma.ac.mz
Nampula-Moçambique
Campus Universitário de Napipine
Bairro de Napipine – Cidade de Nampula

Instituto Superior de Desenvolvimento Rural e Biociências
Campus Universitário – Bairro de Nangala
Telefax: 27121520
Caixa Postal no. 04
Cidade de Lichinga
E-mail: urniassa@unirovuma.ac.mz

Instituto Superior de Recursos Naturais e Ambiente
Campus Universitário de N'coripo
Cidade de Montepuez
Caixa Postal no. 04
E-mail: unirovuma-cd@unirovuma.ac.mz
Tel. 20030181- Montepuez

Instituto Superior de Transportes, Logística e Telecomunicações
Pousada do CFM – Av. do Trabalho (Baixa)
Rádio Watana - Cidade Alta
Cidade de Nacala-Porto
E-mail: isttc@unirovuma.ac.mz